Exportações
As exportações brasileiras de rochas ornamentais somaram US$ 198,9 milhões e 423,68 mil toneladas no 1º trimestre de 2018, com variação negativa de respectivamente 20,03% e 20,01% frente ao mesmo período de 2017. Registrou-se variação também negativa de 23,32% no faturamento e 25,27% no volume físico das rochas processadas, com queda de 6,57% do faturamento e 13,54% do volume físico para rochas silicáticas e silicosas brutas (blocos de granito e quartzitos em geral). As rochas processadas compuseram 78,62% do faturamento, tendo-se 21,37% para rochas brutas.
O preço médio geral das exportações recuou de US$ 469,6/t no 1º trimestre de 2017 para US$ 469,5/t no 1º trimestre de 2018, representando uma variação negativa de 0,03%. As rochas processadas tiveram incremento de 2,62% do preço médio no mesmo período, passando de US$ 654,1/t para US$ 671,3/t. As rochas silicáticas e silicosas brutas passaram de US$ 202,5/t para US$ 218,8/t, com uma variação também positiva de 8,06%.
Foi positivo o desempenho das exportações de ardósia (posição 6803.00.00) e de chapas de quartzito (6802.99.90), em termos de faturamento, volume físico e preço médio. Foi negativo o desempenho das exportações de chapas de granitos e mármores e de produtos de quartzito foliado (6801.00.00).
Principais Estados Exportadores
Espírito Santo, Minas Gerais e Ceará, nesta ordem, foram os três principais estados exportadores no 1º trimestre. O Espírito Santo respondeu por 77,7% (US$ 154,6 milhões) do total do faturamento das exportações brasileiras no período. Entre os estados exportadores mais expressivos, o Ceará registrou o maior preço médio para os produtos exportados (US$ 690/t). Foram efetuadas exportações por 14 estados brasileiros.
Importações Brasileiras
As importações brasileiras de materiais rochosos naturais de revestimento somaram US$ 7,5 milhões e 12,3 mil toneladas no 1º trimestre de 2018, com variação positiva de respectivamente 1,75% e 1,27% frente ao mesmo período de 2017. O maior volume dessas importações foi contabilizado para as NCM’s 6802.91.00 (4,13 mil t), 2515.12.20 (3,13 mil t) e 6802.21.00 (1,58 mil t), correspondentes a produtos de rochas carbonáticas.
Os principais países de origem, com volumes superiores a 1.000 t, foram Itália (2,98 mil t), Espanha (2,33 mil t), Indonésia (1,47 mil t), Turquia (1,41 mil t) e China (1,40 mil t), de um total de 23 países.
Os principais estados brasileiros importadores, também com um total superior a 1.000 t no 1º trimestre de 2018, foram São Paulo (4,98 mil t), Rondônia (1,63 mil t), Espírito Santo (1,14 mil t), Santa Catarina (1,11 mil t) e Paraná (1,03 mil t), de um total de 20 estados importadores.
As importações de materiais rochosos artificiais somaram por sua vez 18,1 mil t e US$ 12,3 milhões no 1º trimestre, com incremento de 40,3% no volume físico frente ao mesmo período de 2017. Como já se prenunciava em 2017, essas importações superaram em valor e volume físico aquelas dos materiais rochosos naturais. Seu preço médio (US$ 680/t) recuou ao patamar de preços das exportações brasileiras de rochas processadas (US$ 671,3/t).
Comentários
Foi bastante expressiva a queda das exportações, sobretudo devido à redução da venda de chapas. Com isto, também foi reduzida a participação percentual das exportações de rochas no total das exportações brasileiras, para um patamar de 0,37%. Apesar de positivos, os índices de crescimento das importações de materiais rochosos naturais não sugerem recuperação consistente da construção civil e do mercado interno de revestimentos já em 2018. As importações de materiais rochosos artificiais foram bastante expressivas e já superaram as dos materiais rochosos naturais. O processo de substituição dos materiais naturais por artificiais, aqui incluídos os produtos cerâmicos, parece estar também ocorrendo no mercado brasileiro. Quando e se ocorrer, o reaquecimento da construção civil poderá ser mais benéfico para os materiais artificiais e produtos cerâmicos do que para os materiais naturais de revestimento.
Números das Exportações de Rochas no 1º Trimestre de 2018
- USD 198,9 milhões de faturamento (-20,03% frente mesmo período de 2017).
- 423,7 mil toneladas (-20,01% frente mesmo período de 2017).
- 78,6% de participação de rochas processadas no faturamento (contra 82,0% em 2017).
- 55,0% de participação de rochas processadas no volume físico (contra 58,9% em 2017).
- 23,3% de queda no faturamento com rochas processadas.
- 25,3% de queda no volume físico de rochas processadas.
- USD 191,4 milhões de saldo na balança comercial (contra US$ 241,4 em 2017).
- 0,37% de participação no total do faturamento das exportações brasileiras (contra 0,49% em 2017).
- USD 469,5/t de preço médio das exportações brasileiras de rochas ornamentais, contra USD 355,8/t das exportações gerais brasileiras.
- Exportações efetuadas para 90 países, em todos os continentes.
- US$ 116,9 milhões exportados para os EUA (58,8% do total das exportações).
- Santos (SP) é o principal porto de embarque das exportações de rochas ornamentais (US$ 126,5 milhões e 187,1 mil toneladas)
- Espírito Santo é o principal estado exportador (US$ 154,6 milhões e 305 mil toneladas)
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